Você já reparou como um pensamento pode melhorar ou arruinar o seu dia?
Às vezes a gente acorda de boa.
Toma um café gostoso.
Olha pela janela e vê um lindo dia lá fora.
Você até pensa: “hoje vai ser um bom dia.”
Mas aí…
Uma lembrança.
Um pensamento negativo.
Uma frase atravessada que alguém falou ontem.
Pronto.
O mundo desaba.
O corpo ainda tá aqui, mas a cabeça já foi longe.
O humor azedou.
A paciência evaporou.
E aquele dia que tinha tudo pra ser leve… vira um peso.
Eu, por exemplo, tem dias que acordo bem humorada, com a energia lá em cima.
Abro a janela, faço meu café, brinco com as gatas.
Mas do nada…
Puf.
Vem uma memória do passado, daquelas que eu não pedi, mas aparece mesmo assim.
E aí começa uma sequência de pensamentos:
“Por que eu fiz aquilo?”
“Por que eu deixei isso passar?”
“Será que eu tô mesmo no caminho certo?”
Em poucos minutos, a mente já criou mil hipóteses.
Nenhuma boa.
E o humor que era leve… vira irritação.
O foco vai embora.
A reclamação toma conta do dia.
Isso acontece mais do que a gente admite.
E é por isso que Marco Aurélio escreveu:
“A felicidade da sua vida depende da qualidade dos seus pensamentos.”
Ele não escreveu isso da varanda, tomando vinho.
Mas em meio a guerras.
Como imperador de Roma.
Sendo traído, pressionado e cobrado todos os dias.
E mesmo assim, ele escrevia pra si mesmo:
“Se estou em paz por dentro, nada me abala por fora.”
É por isso que eu digo que a mente é como um jardim.
O que você planta nela, cresce.
Se você cultiva gratidão, presença, foco…
Sua vida floresce.
Mas se deixa as ervas daninhas tomarem conta (autocrítica cruel, reclamação, medo, crenças limitantes…)
O que brota é angústia, frustração e aquela sensação constante de que você tá cansada, perdida, e a vida tá escapando por entre os dedos.
Só que tem um detalhe que pouca gente percebe:
O que você pensa… você sente.
E o que você sente… vira o jeito que você vive.
Muita gente acha que precisa mudar a vida pra então mudar os pensamentos.
Mas é o contrário:
Você muda seus pensamentos e a sua vida começa a mudar também.
O estoicismo ensina isso com simplicidade.
Não é sobre suprimir emoções.
É sobre escolher qual pensamento você deixa morar dentro de você.
Qual narrativa você vai repetir até acreditar.
E isso é uma prática.
Diária.
Intencional.
Corajosa.
A boa vida não começa com mais dinheiro na conta, nem com mais seguidores, nem com as férias dos sonhos.
Ela começa quando você aprende a lidar com o que já tem, e principalmente, com o que você pensa sobre o que tem.
Não seja refém dos seus pensamentos.
Em vez disso, pergunte-se:
Que tipo de pensamento eu tenho alimentado? Ele me aproxima da paz ou do caos?
Treine sua mente.
Questione seus julgamentos.
Substitua o “por que isso comigo?” por “como posso crescer com isso?”.
Mude sua mente e sua vida muda junto.
Porque a mente pode ser uma prisão…
Ou pode ser o jardim onde você planta a sua liberdade.
A escolha, como sempre, começa no pensamento que você alimenta agora.
Com clareza,
Railka Wan Der Maas